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Qdenga: o essencial para médicos sobre a vacina contra a dengue

Qdenga: o essencial para médicos sobre a vacina contra a dengue

A epidemiologia da dengue no Brasil em 2023, e as projeções para 2024, indicam uma situação desafiadora e em evolução.

Em 2023, o país viu um aumento significativo no número de casos da doença; foram mais de 2.909.404 casos suspeitos notificados e mais de 1.000 óbitos. O Brasil é o país que mais notificou casos de dengue no mundo nesse período. 

Com estimativas de um aumento de casos ainda maior, o cenário de 2024 é preocupante. O Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz projetam de 1,6 a 5,0 milhões de casos para este ano. Esse aumento é atribuído a vários fatores, incluindo variações climáticas, como o calor e chuvas intensas, efeitos associados ao fenômeno El Niño, e o ressurgimento recente dos sorotipos 3 e 4 do vírus da dengue no Brasil. Esses sorotipos, menos comuns nos últimos anos, podem levar a um aumento nos casos devido à baixa imunidade da população a esses subtipos específicos.

Diante disso, o Ministério da Saúde anunciou investimentos significativos para fortalecer a vigilância e o combate às arboviroses, incluindo a dengue. Uma parte desse investimento será direcionada a ações de vigilância e contenção do mosquito Aedes aegypti, vetor transmissor da doença. 

No contexto da crescente preocupação com a dengue, a incorporação da vacina Qdenga no Sistema Único de Saúde (SUS) foi aprovada na reunião da CONITEC em dezembro de 2023. A Qdenga é uma vacina de vírus atenuado que contém os quatro sorotipos do vírus da dengue. Nas clínicas privadas, está disponível para pessoas de 4 a 60 anos. Devido ao número limitado de doses disponibilizadas pelo fabricante (Takeda) para compra, o Ministério da Saúde estabeleceu critérios epidemiológicos e iniciará em fevereiro a imunização de crianças de 10 a 14 anos em 521 cidades de todo Brasil. 


Indicações e contraindicações 


Qdenga é indicada para prevenção da dengue em indivíduos de 4 a 60 anos, e consiste em duas doses administradas por via subcutânea com intervalo de 90 dias.

O imunizante não deve ser administrado em pessoas com alergia a algum componente da fórmula, dentre eles: trealose di-hidratada, poloxaleno, albumina sérica humana, fosfato de potássio monobásico, fosfato de sódio dibásico di-hidratado, cloreto de potássio e cloreto de sódio. A administração também é contraindicada para pacientes com imunodeficiência primária ou adquirida, incluindo aqueles em terapia imunossupressora, gestantes ou lactantes.


Principais reações adversas 


Em estudos clínicos, as reações relatadas com maior frequência em participantes entre 4 e 60 anos de idade foram dor no local da injeção (50%), cefaleia (35%), mialgia (31%), eritema no local de injeção (27%), mal-estar (24%), astenia (20%) e febre (11%).

As reações adversas geralmente ocorreram até dois dias após a administração do imunizantes; a gravidade foi leve a moderada e a duração, curta (1 a 3 dias). As ocorrências foram menos frequentes após a segunda dose. 


Fonte: Medscape.com

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|  Autor: AMPB News |  Categoria: Notícias |  Postado há 348 dias |

 

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