Conforme prometido na
coluna sobre o Natal em Juiz de Fora
, voltaria aqui para falar do Carnaval ,
caso o problema da falta de pagamento da contrapartida aos médicos
do Programa Médicos Pelo Brasil persistisse.
Diferente de Nova Friburgo-RJ,
que começou a se mexer para solucionar o problema depois de exposto
em uma matéria bem parecida, a gestão de Juiz de Fora segue, como
dizem os jovens, fingindo demência.
Será que os caixas da cidade
ficaram vazios depois da festança natalina? A comemoração de
carnaval está aí para mostrar que não. Pelo contrário, tiveram
recursos suficientes para 13 dias de arromba maratonada!
E sabem
quanto é que custou essa folia aí??
R$3.284.000,00!
Fonte: portal da transparência.
Eu não vou nem comentar. Não
tenho palavras e nem memes pra tamanho escracho.
A festa teve patrocínios, reforçando ainda mais que o problema não é falta de dinheiro, só de vontade política.
Que fique bem claro: nada contra o Carnaval. Só que ele fica ainda mais legal quando o pagamento dos trabalhadores da saúde - serviço essencial em qualquer lugar - estão em dia.
Juiz de Fora-MG, acompanhada de
Porto Alegre-RS, são dois municípios
com IDH alto que nunca
pagaram contrapartida aos médicos do Programa Médicos pelo Brasil.
São profissionais cedidos pelo Ministério da Saúde via AgSUS aos
locais de alta vulnerabilidade social, como as periferias e
territórios rurais das grandes cidades.
O salário desses médicos é
majoritariamente pago pela União, e o compromisso dos municípios é
uma contrapartida mensal para incentivar a fixação do profissional.
Com bem menos de 3 milhões,
Juiz de Fora teria honrado tranquilamente esse compromisso, firmado
com o Ministério da Saúde em agosto de 2022. Ao contrário do que
temiam instituições como o Conselho Nacional de Secretarias de
Saúde, os problemas de pagamento da contrapartida vieram
principalmente de municípios grandes e ricos, enquanto os pequenos e
mais vulneráveis tiveram mais agilidade em regularizar os
pagamentos.
Para aproveitar que falamos do
Ministério da Saúde: já foram feitas inúmeras denúncias do não
pagamento da contrapartida municipal de Juiz de Fora. Depois de mais
de 18 meses sem pagar, já não está na hora de aplicar as devidas
advertências? Se o problema é falta de veicular a situação em
mídias, esta coluna cumprirá o papel.
Termino esse texto
torcendo para que ele desperte aos gestores de Juiz de Fora-MG a vontade
política de maratonar uma solução para este problema. Com certeza
levaria menos de 13 dias.
Matéria: como foi o Natal de Juiz de Fora-MG
https://ampb.com.br/pagina_da_coluna.php?id=51
A maratona de 13 dias de carnaval em Juiz de Fora-MG
https://www.pjf.mg.gov.br/noticias/view.php?modo=link2&idnoticia2=82625
Porta da Transparência: contrato entre Funalfa e Cubo Produções
https://www.pjf.mg.gov.br/transparencia/contratos/integra/2024/janeiro/adm_indireta/funalfa/pdf/01.2024.001-f.pdf
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