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3. Avaliação crítica do novo financiamento da APS: Isolamento, excesso de indicadores e falta de apoio ao Conasems e ao PMPB

3. Avaliação crítica do novo financiamento da APS: Isolamento, excesso de indicadores e falta de apoio ao Conasems e ao PMPB

O novo financiamento da APS apresentou diversos pontos negativos que merecem atenção. O primeiro deles é o isolamento técnico e político da SASP (Secretaria de Atenção PriRia à Saúde), o que gera preocupações sobre a efetividade do sistema. Ao promover parcerias e diálogos com outros atores do setor, corre-se o risco de perder a oportunidade de aproveitar conhecimentos e experiências já existentes.


Outro aspecto negativo foi a apresentação de 15 indicadores na APS, o que pode ser considerado um retrocesso. A quantidade excessiva de indicadores pode resultar em dispersão de recursos e falta de concentração nas áreas de maior relevância. Em vez de se concentrar em poucos indicadores-chave, há o perigo de se perder em análises superficiais e não abordar os problemas mais críticos.


Além disso, a não pactuação com o Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) é visto um verdadeiro suicídio político. A falta de cooperação e articulação com o Conasems pode gerar dificuldades na implementação das políticas de APS nos municípios, prejudicando a efetividade do sistema como um todo.


Por último, é preocupante a falta de apresentação de um financiamento específico para o Programa Mais Médicos para o Brasil (PMPB). Essa ausência revela uma clara falta de valorização por parte da SASP em relação a um programa essencial para a ampliação do acesso e a melhoria da qualidade da APS.


Esses pontos negativos mostram a necessidade de rever a estratégia de financiamento da APS, a fim de garantir a eficiência e aetividade do sistema. É fundamental promover o diálogo, construir parcerias e pactuar com os atores relevantes, como o Conasems, para que as políticas de APS sejam implementadas de forma abrangente e alinhada com as necessidades dos municípios. Além disso, é importante simplificar os indicadores, concentrando-se nos aspectos mais relevantes para a saúde da população. Valorizar programas como o PMPB também é essencial para fortalecer a APS e promover um sistema de saúde mais inclusivo e eficiente.

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|  Autor: Dr Hércules Pinho |  Categoria: Colunas |  Postado há 552 dias |

 

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